Bom dia, apaixonados por cripto. Com a alta do IOF no meio deste ano, muita gente passou a usar stablecoins - aqueles tokens que seguem o valor de ativos como o dólar - para viajar.

Essas criptos mantêm a paridade com a moeda que acompanham, podem ser usadas em apps populares no exterior, como o DolarApp, e, por enquanto, não pagam o imposto.

Mas, depois da regulamentação cripto publicada pelo Banco Central na semana passada, a porteira abriu para a Receita tributar essas moedas digitais. O governo já avalia essa possibilidade. Será que chegou a hora de darmos adeus à zona livre tributária?

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Nem todo mundo está contente com a regulamentação do Banco Central, como já comentamos aqui. Nesta semana, um grupo de deputados federais protocolou um novo projeto (o segundo em menos de sete dias!) para tentar sustar as regras. Segundo eles, a autarquia federal quer fazer um grande “Big Brother das criptomoedas”, acompanhando cada satoshi (menor unidade do BTC) que você mexe.

Apesar das críticas, as novas normas estabelecidas pelo Banco Central ajudam a combater crimes envolvendo cripto - que ainda são comuns por aqui. Nesta semana, o Ministério Público do Ceará desarticulou uma estrutura criminosa de pirataria de conteúdo audiovisual. E adivinha? Sim, há indícios de lavagem de dinheiro com criptoativos no esquema.

As criptomoedas caíram de vez no gosto dos brasileiros, né? E a prova está no movimento dos produtos cripto na B3. Dois ETFs (fundos negociados em bolsa) de ativos digitais - o HASH11 e o ETHE11 - estão na lista dos 10 mais negociados dos últimos três meses, dividindo espaço com gigantes como o BOVA11, o ETF mais popular do mercado local, lançado em 2008.

Enquanto os ETFs locais colhem bons números, os equivalentes nos EUA sofrem - principalmente o IBIT, da gigante de investimentos BlackRock. Ontem, o fundo registrou US$ 523,15 milhões em saídas, a maior retirada diária desde seu lançamento, em janeiro de 2024. A debandada acompanhou a queda do bitcoin, que caiu abaixo dos US$ 90 mil na segunda, o menor preço em sete meses.

Luz verde nos EUA: o Office of the Comptroller of the Currency (OCC), um departamento do Tesouro americano que supervisiona bancos nacionais, confirmou em carta que grandes instituições bancárias estão oficialmente autorizadas a manter ativos digitais em seus balanços - mas só para algumas finalidades. Elas poderão usar ativos digitais para pagar taxas de rede em blockchains (a tecnologia por trás das criptos) e testar plataformas do setor.