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‘Dólar digital’ pode perder vantagem após regulação do BC?

O Banco Central finalmente publicou a regulação das criptomoedas. Entre as novidades, uma decisão importante: a partir de maio de 2026, moedas digitais como as stablecoins - aquelas atreladas a ativos como o dólar - passam a fazer parte das regras do mercado de câmbio.

Na prática, isso abre caminho para que essas criptos, “queridinhas” de quem faz pagamentos e viagens internacionais, passem também a pagar IOF. O BC não confirmou nada por enquanto - a decisão cabe à Receita Federal -, mas o mercado já aposta que a taxação é questão de tempo.

Mesmo assim, o setor segue otimista. Para analistas, as stablecoins devem continuar crescendo por causa de sua velocidade, custo baixo e praticidade nas transações. Só o tempo dirá.

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📈 O que sobe, o que desce

Bitcoin (BTC)

US$ 105.232,96

-0,89%

Ethereum (ETH)

US$ 3.570,82

-1,10%

↑ Maiores altas
• Uniswap (UNI): +20%
• Aerodrome Finance (AERO): +11%
• PancakeSwap (CAKE): +2,60%
Maiores baixas
• Starknet (Sigla): -22%
• Dash (DASH): -15%
• ZKsync (ZK): -15%
*Cotação do dia 11/11/25, às 10h

Cripto Brasil

Mercado dá like na regulação cripto

Mesmo com a possibilidade de nova tributação, o mercado recebeu bem a regulação das criptomoedas. As regras, segundo analistas, trazem critérios mais claros para autorização de empresas, segurança, transparência e segregação patrimonial - ou seja, separar o dinheiro dos clientes do caixa da própria empresa. Foi justamente a falta dessa separação que levou à quebra da FTX, uma das maiores exchanges do mundo, no fim de 2022 - episódio triste que mergulhou o mercado cripto em uma das piores crises da história.

Brasileiro preso por golpe cripto

E falando em regulação… ela também serve para evitar golpes com criptomoedas - e não foram poucos nos últimos anos. Inclusive um brasileiro acusado de liderar um esquema fraudulento global chamado Trade Coin Club (TCC), que teria movimentado cerca de US$ 290 milhões (muita grana), está preso nos Estados Unidos. No início deste mês, ele chegou a pedir liberdade provisória, mas o juiz americano negou, alegando risco de fuga. Golpe é golpe, né?

Tokenização e bancos

O ex-presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, continua empolgado com a tokenização - o processo de transformar ativos em representações digitais na blockchain. Em um evento nesta semana, em São Paulo, ele disse que o próximo passo é estimular os bancos a tokenizar seus ativos para integrar o sistema financeiro tradicional ao digital. Segundo ele, quem conseguir unir esses dois mundos primeiro - o bancário e o cripto - vai sair na frente.

Cripto around the world

Mais um país quer surfar a onda cripto

O governo do Cazaquistão planeja criar um fundo nacional de reserva em criptomoedas, avaliado entre US$ 500 milhões e US$ 1 bilhão. A ideia é reunir ativos digitais apreendidos ou repatriados do exterior, dando nova destinação a esses recursos. O projeto, previsto para começar em 2026, colocaria o país na lista de cerca de dez governos que já mantêm reservas em criptoativos.

ETFs que brilham

Os dois fundos negociados em bolsa (ETFs) à vista de Solana, lançados no fim de outubro nos Estados Unidos, seguem com forte crescimento. Os produtos financeiros lastreados na 6ª maior criptomoeda do mercado completaram ontem 10 dias consecutivos de entradas líquidas. So na segunda, foram US$ 6,78 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue. Eles têm hoje um total de entradas de US$ 342,48 milhões.

Gráfico do dia

ETFs de SOL dos EUA acumulam US$ 342,48 mi

Dados do dia 11/11/25.

Frase

As resoluções do Banco Central representam um passo decisivo para a maturidade e institucionalização do setor cripto no Brasil

– Bernardo Srur, CEO da ABcripto

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O Essencial
Curadoria afiada sobre negócios, economia e investimentos.

Texto: Lucas Gabriel Marins
Design: João Brito

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