Bom dia, apaixonados por criptos. A terça-feira (18) começou sem grandes motivos para comemorar. O bitcoin (BTC) e as principais altcoins amanheceram em queda de novo, reagindo a um ambiente global mais tenso.

A combinação de incerteza sobre a política monetária dos Estados Unidos, menor liquidez circulando e um apetite ao risco mais baixo continua esfriando o humor do mercado cripto.

E tem mais um ingrediente nesse clima: os ETFs de bitcoin à vista nos EUA - hoje um dos principais termômetros do setor - já acumulam mais de US$ 3 bilhões em saídas líquidas nas últimas três semanas, o que pressiona ainda mais os preços.

O governo brasileiro continua apertando o cerco no mercado de criptomoedas. Dias depois de o Banco Central soltar a nova regulamentação do setor, foi a vez de a Receita Federal atualizar suas regras. A principal mudança: prestadoras de serviços de cripto sediadas no exterior, mas que atendem brasileiros, passam a ser obrigadas a reportar ao Fisco todas as movimentações dos usuários.

Tem novidade verde chegando ao mundo cripto. A AirCarbon Exchange (ACX), bolsa digital de créditos de carbono parceira da B3, vai lançar uma criptomoeda que permite fracionar investimentos em projetos climáticos ligados ao mercado de carbono. E o anúncio, claro, aconteceu durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), em Belém (PA).

A semana passada foi turbulenta para o mercado cripto. A aversão ao risco foi tanta que os fundos globais registraram saídas de US$ 2,04 bilhões, o pior resultado desde fevereiro. Aqui, porém, o cenário foi diferente: os fundos brasileiros nadaram contra a corrente e tiveram entradas de US$ 2,04 milhões - o segundo melhor desempenho, atrás apenas da Alemanha. (O gráfico está no final desta news.)

El Salvador aproveitou a queda do bitcoin para reforçar o caixa. Na noite de segunda-feira, o país comprou mais 1.090 unidades de BTC. Com isso, suas reservas chegaram a 7.474 bitcoins, algo perto de US$ 676 milhões. A nação figura entre as cinco maiores detentoras de criptomoedas do planeta.

A The Trump Organization, empresa imobiliária da família do presidente dos EUA, vai colocar um novo resort de luxo na blockchain, a tecnologia por trás das criptos. A ideia é tokenizar o empreendimento, localizado nas Maldivas, e vender os tokens aos interessados. A inauguração está prevista para 2028. A tokenização de imóveis pode movimentar US$ 4 trilhões até 2035, segundo a Deloitte.